4 de maio de 2024
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O desânimo da economia brasileira é tamanho que teve gente comemorando o crescimento de 0,4% no PIB trimestral, algo como se os torcedores do Fluminense achassem bacana serem eliminados pelo Corinthians na Copa Sulamericana porque foram dois empates e não duas derrotas. É patético.

Matemática básica: com o resultado do trimestre, o PIB nos últimos doze meses foi de 1%. Porém como já é consenso no mercado de que o ano de 2019 vai fechar em torno de 0,8%, isso significa que nessa segunda metade do ano o Brasil vai crescer menos que no ano passado.

Construção civil

O que deu certo no segundo trimestre foi a construção civil, maior vítima da recessão de 2014-16. O nível de atividade no setor está quase 30% abaixo do registrado no segundo trimestre de 2014. Só que a projeção de gastos para o resto deste ano do Minha Casa Minha Vida, principal programa de habitação no país, é de contenção. O investimento público neste ano está no nível mais baixo desde 2014 e vai reduzir ainda mais no restante do ano em função das restrições orçamentárias.

Além disso, a instabilidade gerada no agronegócio com a guerra comercial Estados Unidos – China, a possibilidade de boicotes a produtos brasileiros pela política antiambiental do governo Bolsonaro e absurda capacidade ociosa nas fábricas são maus agouros.

Foto: Agência Brasil

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